Quem não conhece alguém que tenha hábitos um pouco diferentes ou que as vezes é considerado pelas pessoas como “exagerado” ou “esquisito”? Pois é, todo mundo conhece alguém com essas caracteristicas, pois é mais comum do que parece.
O Transtorno Obsessivo Compulsivo – TOC, é um distúrbio psiquiátrico de ansiedade e manifesta-se com a presença de crises recorrentes de pensamentos obsessivos, intrusivos e em alguns casos comportamentos compulsivos e repetitivos.
Muitos estudos têm sido feitos para se entender esse transtorno. Hoje acredita-se que uma das causas do TOC seja em função de uma falha na comunicação entre neurotransmissores e áreas cerebrais, ou seja, a falta de Serotonina pode dificultar a comunicação entre o Talamo, o córtex orbito-frontal e o cortex frontal dorso-lateral.
Como consequência, essa falha de comunicação normalmente precipita uma ansiedade em relação a falta de controle dos processos que ela gerencia, dos objetos e das pessoas. Bem como, se sentem impotentes em proteger as pessoas que amam. Para tentarem minimizar esse sentimento, criam rituais e rotinas muitas vezes extenuantes.
Esta ansiedade gerada pela falta de controle, interfere fortemente e impacta muitas vezes negativamente, nas relações com as outras pessoas, que não compreendem o comportamento de quem tem TOC. Como resposta, é comum o julgamento, a ironia e o descaso por parte das outras pessoas. Porém, isso não ajuda em nada. Ao contrário torna a pessoa com TOC mais ansiosa e angustiada.
Uma outra característica das pessoas com esse tipo de transtorno é a sensação de que são melhores do que os outros. Acreditam que o que fazem é perfeito e sempre acham que os outros nunca fazem perfeito, porque não fazem como eles fariam ou porque acreditam que as pessoas não são esforçadas e disciplinadas como eles.
Esse sentimento de onipotência, se por um lado os tornam mais esforçados que a maioria, também os tornam escravos de sua obsessão. Não se permitem falhar e se falham, o sentimento de impotência e incapacidade fazem com que desenvolvam tiques nervosos, rituais de controle ou trabalho excessivo, na tentativa corrigirem o erro e restaurarem o sentimento de serem perfeitos.
O TOC se manifesta em níveis diversos, do mais brando ao mais complexo e quando a pessoa com esse transtorno não está com acompanhamento médico-psicológico, torna-se mais difícil o dia a dia para ela.
É muito importante que a família o compreenda, o acolha e o estimule ao tratamento, que é feito com medicamentos, terapia e alimentação balanceada, rica em Triptofano, que ajuda na formação de serotonina.
O preconceito, a negação dos sintomas e o comportamento reativo à busca de tratamento, são coisas que dificultam tanto a remissão de sintomas quanto a diminuição da ansiedade e do sofrimento por parte do paciente. Estar consciente do que possa estar ocorrendo é muito importante e tratar sempre é a melhor solução.
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